quinta-feira, 11 de março de 2010

Core Curriculum: Culturas

Olá, pípol!

Semana passada eu estava com a cabeça na lua e acabei esquecendo das atividades complementares obrigatórias da faculdade. Começaram nos dias 02 e 03/03, mas o TCC me impediu de ir.
Ontem fui para a atividade (Core Curriculum) de Culturas, que, segundo a definição da faculdade, tem por objetivo:

"Contribuir para a compreensão de que respeitar e valorizar as diferenças étnicas e culturais é fundamental para a convivência pacífica dos diversos grupos sociais, bem como para a construção da prática democrática, que valoriza o diálogo e o respeito às opiniões contrárias. Portanto, é imprescindível a reflexão sobre o debate proposto pela Antropologia, que conscientiza os seres humanos sobre a necessidade do respeito, da tolerância, da aceitação das diferenças e sobretudo do diálogo."

Amo na vida!
Acho que o que eu mais gosto do meu curso é aprender sobre a cultura de outras pessoas. Sim, outras pessoas, não necessariamente outros povos, pois a pessoa que senta do meu lado no ônibus cresceu em outra família, com outro tipo de vida, costumes e crenças, que fazem com que ela tenha uma cultura diferente da minha.
Tenho aversão de pessoas pseudo-religiosas-extremistas que tentam me convencer de que a verdade delas é universal e que as minhas crenças são erradas. A Verdade Certa é a verdade de cada um. Quando converso com a Priscila (@pri_cris), que é da mesma religião dos pseudo-extremistas, consigo enxergar quão maravilhosa ela é, pois a Pri me mostra o significado que a crença tem para ela, não o que teria para mim.

Ontem, o tema da discussão foi o Etnocentrismo, que segundo a Wikipédia é:

"Etnocentrismo é um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de indivíduos faz de um grupo social diferente do seu é apenas baseada nos valores, referências e padrões adotados pelo grupo social ao qual o próprio indivíduo ou grupo fazem parte.
Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros."

Acho fascinante as discussões antropológicas acerca da cultura. Ontem utilizamos como exemplo de etnocentrismo a antropofagia ritual praticada pelos índios brasileiros das etnias Tupis. Para muitos, é canibalismo nu e cru, mas para os indígenas, é um ritual sagrado onde, ao se alimentar da carne de guerreiros e homens com grandes feitos, o "alimentado" passa a incorporar parte de seu espírito, o que era motivo de grande honra para o sacrificado.

Tem gente que julga e não entende que para o outro, aquilo que nos dá grande aversão, é passado de geração a geração como algo correto, e que, por ser tomado como errado para nós, não precisa estar errado para eles também. Quando existe o RESPEITO antes de qualquer outro valor, fica bem mais fácil aprender as diferenças e enriquecer seu conhecimento, pois o mundo é imeeeenso e cheio de pessoas diferentes de nós.



Do livro de Hans Staden (germânico que escapou do ritual antropofágico pois era, literalmente, chorão).

2 comentários:

Renato Scaravelli disse...

Hj em dia ser chorão não te livre de ritual nenhum...rsrsr
Curto essa parada de cultura diferente vida...=P
É muito foda ver o meio que as pessoas foram criadas e oque elas trazem de bagagem, eu acho q essa troca de experiencia é q faz a população brasileira ser bem divergente em opinião, tanto pro lado bom como pro ruim tb, pois ainda assim existem os extremistas malas...rsrs
=)
Te amo pinteligente...=)
e to comentanduuuu...=P
Detalhe que textão ein...rsrsrs
mairo bju vida...*.*

Ana Carvalho disse...

amei.
beijos

laislabonitta.blogspot.com/

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