terça-feira, 30 de março de 2010

Desabafo do dia

Neste post aquiii eu falei um pouco sobre Paulo Coelho, porém não me expliquei.
Eu não componho o grande grupo das pessoas que não suportam Paulo Coelho, como a maior parte das pessoas que estudam comigo pertencem. Gosto de seus liros, tenho vááários alguns e entre eles, um que não dei muita atenção mas que gosto de pegar e folhear quando estou na biblioteca do serviço (este é um que eu não tenho) é o Maktub (COELHO, Paulo. Maktub. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.).

Maktub é um livro singular, recheado de ensinamentos que o autor aprendeu ao longo dos anos de convívio com seu mestre e relatos de pessoas que um dia conheceu. É uma junção das publicações feitas no jornal Folha de São Paulo entre 10 de junho de 1993 e 11 de junho de 1994 e tem 191 páginas.

Selecionei hoje o seguinte trecho:

"Um treinador de circo consegue manter um elefante aprisionado porque usa um truque muito simples: quando o animal ainda é criança, ele amara uma de suas patas num tronco muito forte. Por mais que tente, o elefantinho não consegue soltar-se. Aos poucos, vai acostumando com a idéia de que o tronco é mais poderoso que ele.
Quando adulto, e dono de uma força descomunal, basta colocar uma corda no pé do elefante e amarrá-la num graveto que ele nem tenta libertar-se - porque se lembra que já tentou muitas vezes, e não conseguiu. Assim como os elefantes, nossos pés estão amarrados em algo frágil. Mas como, desde criança, nos acostumamos com o poder daquele tronco, não ousamos fazer nada.
Sem saber que basta um simples gesto de coragem para descobrir toda nossa liberdade." (p. 68)

Agora, deixa eu explicar o porque eu não gosto gostando de Paulo Coelho.
Paulo Coelho é um dos poucos escritores brasileiros que teve a sorte de ter seus livros publicados em dezenas de países, mas ele escreve para estrangeiros. Sim, para estrangeiros. Até o seu blog é em inglês, e se os seus conterrâneos quiserem visualizá-lo, terão que ou manjar de inglês ou então traduzi-lo com a ferramenta do Google.
Tá, se fosse só isso, tudo bem. Maaaas, hei que surge o meu maior motivo de espanto: por que cargas d'água Paulo Coelho foi transformado em Imortal da Academia Brasileira de Letras? Ele escreve muito bem, sim, acredito, pois gosto de seus livros, mas, cara, desculpa, tem gente melhor que ele. Lima Barreto, por exemplo, foi um gênio da literatura, e a maioria das pessoas nunca leu nem sequer uma crônica dele, quiçá um livro!
Isso é que me deixa indignada, não o fato do Paulo Coelho escrever ou deixar de escrever algo, e sei que não é culpa dele o fato de Lima Barreto meio que cair em esquecimento, mas fico indignada do mesmo jeito.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Explanando sobre o dia

Olá pessoas.

Como o título da postagem já diz, explanando sobre o dia.
Cara, eu o-d-e-i-o a Marginal Tietê. Transito lento, pessoas sem educação, buzinas e o sol conseguindo se enfiar dentro do ônibus.
Odeio ficar parada mais de quinze minutos no mesmo lugar, ao lado de alguém que nem os dentes escovou e ainda resolve dormir de boca aberta no ônibus.
Mas, como boa brasileira que sou, não desisto e chego ao serviço com quase uma hora de atraso, o que, no decorrer da semana, ajuda significativamente a diminuir o meu pseudo-salário-de-estagiária-de-História.



O fim de semana foi largado, parecia uma minhoca em casa, sem vontade de nada, jogada em cima da cama. Isso fez com que a semana já começasse nos 300km/h.

O bom é que essa semana vai ser bem mais curtinha, se eu conseguir negociar a minha aula de quinta feira, viajarei com o namorado e a famiília dele.

Semana:
- Segunda: terminar o Planejamento Anual da tia Ni; fazer o trabalho para a primeira aula da faculdade;
- Terça: ir pro serviço, sair do serviço, ir para o Arquivo do Estado, casa, faculdade;
- Quarta: ir pro serviço, sair do serviço e voar pra casa, almoçar e voar para o core de Culturas *.*;
- Quinta, Sexta, Sábado e Domingo: micro férias \º/

quarta-feira, 24 de março de 2010

Manuela

Do latim: pura, santa.

Minha bebê peixe. Minha pequeninha.
Descobri sua existência por acaso, um dia depois de voltar do velório do meu avô. Minha irmã me ligou, contou que estava grávida, e eu disse: a minha menininha vem aí!
Sempre soube que seria uma menina. Ela completou a minha felicidade, que já era imensa, por causa do Nícolas.

Ela voltou ontem do Hospital, e eu venci fome, sono e cansaço mais uma vez e fui vê-la. Por ela. Tudo por eles.
Ela está linda, feliz e saudável.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Oscar Wilde

Aprendi, semana passada, que não existem coincidências na vida!

Neste post aqui eu expliquei um pouco sobre a minha obcessão afinidade com Oscar Wilde.
Na sexta feira, em uma aula da faculdade que não tinha assistido (faltei três sextas feiras seguidas ¬¬), o professor estava falando sobre Dandismo, e na hora estalou O Retrato de Dorian Gray na cabeça. Ele começou a citar Wilde de maneira fervorosa, e eu lá, sentada, de olhos arregalados.
A gente sempre aprende, mesmo sabendo muito.
Ele contou que quando Wilde escreveu De Profundis, ele estava preso por cometer homossexualismo com um menor de idade (isso eu já sabia), e que na prisão, sendo obrigado a realizar trabalhos pesados, recebia uma folha de papel e um lápis por dia, e foi assim que ele concluiu essa obra tão chocante (isso eu não sabia).
A versão que eu tenho é de um livro de bolso, que vem com De Profundis e A Balada do Cárcere de Reading juntas, maravilhosamente juntas. As traduções variam, e para quem já leu o escritor (talvez erroneamente) mais famoso do Brasil, Paulo Coelho, já deve ter lido a passagem de A Balada em um dos seus livros (creio eu que é As Valkírias).
Nesta obra, Wilde escreve sobre o sofrimento de um homem que, por matar o seu amor, foi condenado à morte. Adoro.
Um trecho para vocês terem noção de como ele escrevia bem:


"Sabia qual o pensamento perseguido
Que lhe estugava o andar,
E por que demonstrava, ao ver radiante o dia,
Tanta angústia no olhar;
O homem matara a coisa amada, e ora devia
Com a morte pagar. 


Apesar disso - escutem bem - todos os homens
Matam a coisa amada;
Com galanteio alguns o fazem, enquanto outros
Com face amargurada;
Os covardes o fazem com um beijo,
Os bravos, com a espada!


Um assassina o seu amor na juventude,
Outro, quando ancião;
Com as mãos da Luxúria este estrangula, aquele
Empresta do Ouro a mão;
Os mais gentis usam a faca, porque frios
Os mortos logo estão.


Este ama pouco tempo, aquele ama demais;
Há comprar, e há vender;
Uns fazem o ato em pranto, enquanto que um suspiro
Outros não dão sequer.
Todo homem mata a coisa amada! - Nem por isso
Todo homem vai morrer.


Não vai morrer um dia a morte de vergonha
Num escuro traspasso;
Nem há de Ter um pano a lhe cobrir o rosto,
E no pescoço um laço;
Nem através do chão vai atirar os pés
Para o vazio do espaço."



















Ele era extremamente elegante. Escrevia divinamente.
Foi morto pelo preconceito. 

sábado, 20 de março de 2010

Minha pequena...

E hoje é aniversário da minha lindinha, que completa três meses.
Manu, você vai sair do hospital e a tia vai te levar pra ver muitas coisas legais, pra conhecer vários bichinhos no zoológico, e te mostrar os vídeos engraçados que fiz do seu irmão, quando ele tinha três meses como você. Vou te embalar, vou cantar pra você dormir, vou te ajudar a andar, vou ouvir as suas primeiras palavras. A do Nícolas foi "avião", e a segunda foi "tia", o que me fez chorar. Quero que a sua segunda palavra seja "tia", pra que eu chore com você. De felicidade, não de apreensão como agora.
Eu amo você.
Feliz aniversário de três meses, minha banguela.























Manu, ontem, no hospital.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Mega Promoção do Submarino!

Bom dia pípol!

O Submarino sempre me surpreendeu com as promoções relâmpago; hoje recebi por e-mail mais uma oferta validíssima pra quem, como eu, quer montar a sua própria biblioteca até os trinta anos. Ainda tenho pouquinhos, não chegam a duzentos, mas amo todos e vivo comprando mais! Seja em sebos ou pela internet, tem promoção, tô no meio!

A promo do Submarino é assim: são 198 livros, cada um por R$9,90. Na compra de cinco livros, você só paga quatro! Cinco livros por R$40,00; às vezes, nem em sebos a gente arranja um preço bom desses.



Já tenho quatro eleitos, mas só falo se conseguir comprar!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Desejos de Páscoa

Aiii o mês de março tá na metade, logo logo chega abril e a Páscoa, melhor feriado do ano ever, por ser o fim de semana mais chocolatício do ano.

Esse ano estou em dúvida de qual ovo dar ao meu sobrinho; tem um da marca de fabricação própria do Grupo Pão de Açúcar que é dos Backyardigans, paixão do Nícolas, que vem com um dos bichinhos dentro, e que está super em conta. Pensei no do Batman, que também está baratinho (não lembro a marca).

Só não tenho dúvidas dos que eu quero (no plural meeeeesmo HAUAHAUHA). Estou de olho no Gran Ferrero Rocher, de 390 g.
e no Kinder Magic,

suuuuper delícia, que ainda vem com surpresas de pelúcia *.*



Aiiii Brú gorda.

E não pode faltar a lembrancinha pra Pri, do serviço, e um coelho para a minha banguelinha que já estará, se os Deuses quiserem, em casa.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Coincidência?

Fiquei o dia todo tentando lembrar uma frase que li em O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde, um dos melhores presentes que ganhei de meu pai. Naquela época, estavamos em uma situação difícil, mas ele sabia o quanto eu queria lê-lo.
Não tendo dinheiro para comprá-lo na livraria, me trouxe esse, usadinho, do sebo.
Agora a noite, ao pegá-lo, entendi porquê a frase ficou o dia todo em minha cabeça: hoje fazem seis anos que ganhei um dos melhores livros que já li, presente de um dos melhores homens que já conheci.



















Favor desconsiderar minha cara na foto, estou morta de cólicas

E a frase? A mesma que eu recebi na dedicatória:


"Bruna
Nada há que você não consiga com sua beleza extraordinária. Com amor, Papai."


Eu tenho muita, muita sorte.
Agora só falta a minha banguela sair do Hospital, que vou ser outra pessoa.
"Que o teu Coração não se torne vaidoso por causa daquilo que sabes,
Aconselha-te tanto junto do Ignorante como do Sábio;
porque não se atingem os limites da arte,
e não existe Artesão que tenha adquirido a perfeição.
Uma palavra perfeita está mais oculta do que a pedra verde,
encontra-se, no entanto, junto das criadas que trabalham na mó"


Ptah Hotep

terça-feira, 16 de março de 2010

Fica bem, minha florzinha, fica bem, pois não há vida sem você. A tia te ama

Minha Manu está internada, mas se os Deuses quiserem, amanhã já está em casa. Minha pequena que não tem nem três meses passando por uma situação que muita gente grande não aguentaria.

Orgulho da tia. Minha banguela.

segunda-feira, 15 de março de 2010



"Love hurts, Love scars, Love wounds' and marks
Any heart not tough or strong enough
To take a lot of pain, take a lot of pain
Love is like a cloud, it holds a lot of rain
Love hurts, Ooo-oo Love hurts

I'm young, I know, But even so
I know a thing or two - I learned from you
I really learned a lot, really learned a lot
Love is like a flame It burns you when it's hot
Love hurts, Ooo-oo Love hurts

Some fools think of happiness, blissfulness, togetherness
Some fools fool themselves, I guess
They're not foolin' me
I know it isn't true I know it isn't true
Love is just a lie made to make you blue
Love hurts, Ooo-oo Love hurts

I know it isn't true I know it isn't true
Love is just a lie made to make you blue
Love hurts, Ooo-oo Love hurts
Ooo-oo, Love hurts Ooo-oo"


Nazareth 

Divagações madrugadescas

Hoje... Já não é mais ontem, hoje já é hoje e hoje é 16/03/2010, aniversário do meu cachorro, que mora com a minha avó.

Hoje, que ainda é 01h08 da manhã, tenho insônia. Ela me cerca, vem por todos os lados, me impede de pensar, de dormir, de ser. Me faz enxergar cenas do passado e me prevê um futuro completamente desanimador.

Não sei, mas acho que o problema deve estar comigo. Só pode ser. Tenho três amuletos de olho grego, um de olho de Horus, peço para os Deuses me protegerem mas as coisas estão dando tão errado, tudo está saindo dos eixos e eu estou desesperada. Estou me sentindo em um filme de cinema mudo, onde ninguém percebe as emoções alheias por tentar desvendar o que não foi dito.

Estou de mãos atadas, sendo joguete do destino.

Há anos eu jurei não deixar a vida me levar, prometi que eu é que escolheria o meu caminho, não os meus oráculos. Meu destino não foi traçado pelos Deuses nem por nenhum tipo de Firmamento, ele simplesmente existe e pronto. Eu, e só eu, posso decidir as ruas que irei percorrer. O Final são os Deuses que escolhem, mas as rotas são de minha responsabilidade. EU é que tenho que saber qual o caminho com menos colisões.

Porém, ultimamente, parece que todas as rotas estão seguindo para a mesma direção e não há nada para me distrair. Há trabalho, há faculdade, com mais trabalho ainda, e os amigos sumiram. O namorado não quer nada com nada. A família está ocupada demais para notar o que está acontecendo, envolvida com os problemas do dia a dia. Não existem surpresas além das curvas, e eu preciso me segurar em algo para sobreviver, já que vivendo eu não estou faz tempo.

Estou presa, presa em uma vida que eu não escolhi, enquanto queria estar do outro lado do mundo, observando aquilo que aprendo sentada na faculdade, rodeada de pessoas com o dobro da minha idade que são mais infantis do que eu com meus 21 anos.

É complicado pensar em tudo o que eu quero fazer; tenho minhas listas minhas manias, minhas conversas imaginárias durante o banho. Tenho os meus sonhos - quando consigo dormir. Tenho vontade de tanta coisa!


Ninguém me avisou que seria tão difícil crescer, que mesmo com a vida agitada eu ainda teria problema com a minha insônia mesmo quando estou podre de cansada...

POST DESABAFO. Não leiam. Não comentem.

domingo, 14 de março de 2010

Ê domingo...

Domingo é dia de...



Arrumar o quarto!
Não tenho coragem de tirar foto do estado caótico que meu quarto está, então vai foto do quarto da casa antiga, que já era um caos:

Não sei vocês, mas prefiro usar o chão do que o guarda roupa!
E a foto é de 2006 (=
"Mas nú e só ao meio dia,

só quem está pronto pro amor."

Frejat

quinta-feira, 11 de março de 2010

Core Curriculum: Culturas

Olá, pípol!

Semana passada eu estava com a cabeça na lua e acabei esquecendo das atividades complementares obrigatórias da faculdade. Começaram nos dias 02 e 03/03, mas o TCC me impediu de ir.
Ontem fui para a atividade (Core Curriculum) de Culturas, que, segundo a definição da faculdade, tem por objetivo:

"Contribuir para a compreensão de que respeitar e valorizar as diferenças étnicas e culturais é fundamental para a convivência pacífica dos diversos grupos sociais, bem como para a construção da prática democrática, que valoriza o diálogo e o respeito às opiniões contrárias. Portanto, é imprescindível a reflexão sobre o debate proposto pela Antropologia, que conscientiza os seres humanos sobre a necessidade do respeito, da tolerância, da aceitação das diferenças e sobretudo do diálogo."

Amo na vida!
Acho que o que eu mais gosto do meu curso é aprender sobre a cultura de outras pessoas. Sim, outras pessoas, não necessariamente outros povos, pois a pessoa que senta do meu lado no ônibus cresceu em outra família, com outro tipo de vida, costumes e crenças, que fazem com que ela tenha uma cultura diferente da minha.
Tenho aversão de pessoas pseudo-religiosas-extremistas que tentam me convencer de que a verdade delas é universal e que as minhas crenças são erradas. A Verdade Certa é a verdade de cada um. Quando converso com a Priscila (@pri_cris), que é da mesma religião dos pseudo-extremistas, consigo enxergar quão maravilhosa ela é, pois a Pri me mostra o significado que a crença tem para ela, não o que teria para mim.

Ontem, o tema da discussão foi o Etnocentrismo, que segundo a Wikipédia é:

"Etnocentrismo é um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de indivíduos faz de um grupo social diferente do seu é apenas baseada nos valores, referências e padrões adotados pelo grupo social ao qual o próprio indivíduo ou grupo fazem parte.
Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros."

Acho fascinante as discussões antropológicas acerca da cultura. Ontem utilizamos como exemplo de etnocentrismo a antropofagia ritual praticada pelos índios brasileiros das etnias Tupis. Para muitos, é canibalismo nu e cru, mas para os indígenas, é um ritual sagrado onde, ao se alimentar da carne de guerreiros e homens com grandes feitos, o "alimentado" passa a incorporar parte de seu espírito, o que era motivo de grande honra para o sacrificado.

Tem gente que julga e não entende que para o outro, aquilo que nos dá grande aversão, é passado de geração a geração como algo correto, e que, por ser tomado como errado para nós, não precisa estar errado para eles também. Quando existe o RESPEITO antes de qualquer outro valor, fica bem mais fácil aprender as diferenças e enriquecer seu conhecimento, pois o mundo é imeeeenso e cheio de pessoas diferentes de nós.



Do livro de Hans Staden (germânico que escapou do ritual antropofágico pois era, literalmente, chorão).

terça-feira, 9 de março de 2010

U.U

TODOS OS SONOS DO MUNDO, HOJE!

Manuela puxou a tia, fato.

Nícolas também puxou a tia.

E essa é a minha neném mais linda, minha Luna.

Todos nós com todos os sonos do mundo da correria do dia a dia. A Luna e a Manu nem tanto, mas eu e o Níc sim! Ambos acordamos antes das seis da matina e ficamos a maior parte do dia longe de nossas casas; mas estamos crescendo, então não tem jeito: é melhor lavar o rosto e se preparar para o dia!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Divagações.

Dia Internacional das Mulheres.

Dia Internacional de quem? Por quê?
Lembro de um dia, na escola, quando ainda estudava no Fundamental, receber um papelzinho para colar no caderno. Aquele papel contava a história de mulheres que, na ânsia de condições melhores de trabalho, resolveram fazer uma greve, mas foram trancafiadas na fábrica e morreram queimadas em grande agonia.

Fico pensando, a partir dessa história, quais são as mulheres que merecem esse dia hoje. Não são todas.
Tem aquela que vai pro baile funk e dança a "dança da cadeira" com uma fila de homens que ela nunca viu na vida, mas ela não está preocupada, tira a calcinha e vai firme e forte sentar no colo de um desconhecido.
Tem aquela que não teve acesso aos estudos e por isso acha mais fácil ter quatro filhos e colocá-los no farol pra pedir dinheiro enquanto ela se senta na calçada, com mais um filho no colo e outro na barriga, e fuma um cigarrinho pra relaxar, afinal a vida dela é muito dura.
Tem outra que mesmo tendo todo o conforto de uma casa, a alegria de um marido e filhos saudáveis ainda acha legal ir na Rua 25 de Março com um estilete e abrir bolsas alheias para roubar carteiras.

Isso, pra mim, não merece nenhum tipo de homenagem.

Quando tivemos a semana de palestras promovidas pela CIPA (Controle Interno de Proteção de Acidentes) da empresa, houve uma palestra sobre a Copere, uma cooperativa que separa o lixo reciclável para que ele seja encaminhado para um lugar específico. As duas palestrantes não tinham os dentes da frente e se vestiam de maneira bem humilde; falavam baixo e estavam deslocadas ao falarem para tantas pessoas, mas mesmo assim, com todas as situações possíveis para se intimidarem, falaram de como vieram para São Paulo com seus numerosos filhos procurando situações que levassem a um emprego digno para alimentarem seus filhos. Começaram como catadoras de lixo, puxando carroças com quilos e quilos de papelão. Trabalhavam mais de doze horas por dia para ganhar cerca de R$14,00, quando tinham sorte. Descobriram a cooperativa e a vida delas mudou: pararam de recolher papelão e começaram a separar o lixo, junto com mais algumas funcionárias. 
No começo tiveram medo: a cooperativa não queria funcionários analfabetos e desmotivados, já que o trabalho era duro e elas estavam muito castigadas da vida sofrida que tinham até então. Ficaram com receio de serem mandadas embora, mas o que elas não entenderam é que o dono da cooperativa não queria funcionários que não soubessem ler, mas isso não o faria colocá-los na rua: daria todas as ferramentas para que essas pessoas fossem alfabetizadas ali mesmo, no serviço.
As duas mulheres sofridas com a vida dura que tinham até então, passaram a estudar e ansiar por mais: conhecimento atrai conhecimento. 
Hoje elas são supervisoras do serviço que antigamente elas faziam, e chegam a receber mais de R$800,00 por mês, trabalhando com escalas, convênio médico e com muita dignidade.

ISSO PRA MIM É EXEMPLO. É para elas que devemos desejar um Feliz dia da Mulheres.



Essa mulher da foto é um exemplo.
Nasceu em 1929, a segunda filha de cerca de sete filhos, filha de uma austríaca com um espanhol. Cresceu em um sítio no interior de São Paulo, onde frequentou a escola até a quarta série. Ajudava sua mãe em casa, aprendeu a costurar, bordar e fazer crochê e tricot. 
Durante sua infância e adolescência passou por algumas situações difíceis; tinha muitos irmãos homens e seu pai tinha um gênio extremamente forte. 
Um belo dia, ao pegar um trem de volta para sua cidade, se depara com um homem super elegante. Trocam algumas palavras e ela se apaixona à primeira vista. Vive com aquele homem em seus pensamentos, porque não poderia passar disso: já tem um pretendente, e ele é de uma família de portugueses da cidade.
Quando estão prestes a se casar, ela começa a costurar seu vestido, quando sua futura sogra diz que ela era impura, por ter sonhado com o homem do trem. Não merece casar de branco. 

A maior humilhação da vida de minha avó foi ser obrigada a casar de verde. 

Ela, que se guardou para seu marido, até se arrepende em seu íntimo por não ter concretizado nenhum de seus anseios. Casou com o português, meu avô, e com ele teve algumas alegrias e muitas desilusões. 
Sempre foi uma mulher forte; suportou a morte da primeira filha, suportou a morte de sua segunda neta. Suportou a morte de seu marido, que, no fim de seus dias, se tornara tão carinhoso e preocupado. Suportou, suportou, suportou.

Sempre foi uma guerreira com nome de deusa: DÉA.

À ela, sempre os meus parabéns e o meu muito obrigada mais sincero. Se tem alguém a quem eu devo o que sou, esse alguém é ela.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Reflexões

Ah, Deuses, sempre que o tempo fica assim, com essa chuvinha e bem friozinho, eu amo ficar em casa, embaixo das cobertas assistindo desenho ou lendo livros.

Acontece que uma das consequências de crescer é perder o tempo que antes tínhamos para esses pequenos prazeres da vida.

Sinto falta de tantas coisas! De poder dormir até o sono acabar, de saber onde estão todas as coisas dentro do meu quarto (consegui perder os dois controles remotos, o da TV e o da TV a cabo), de passear na Rua da Mooca e me entupir de coisas gostosas.

Porém, todo o sacrifício vai ter sua recompensa:

-estudo para ser alguém melhor, para ter um emprego melhor e me dedicar ao que gosto;
-trabalho para poder pagar a faculdade e algumas regalias que me permito, como comprar aqueeeele livro perfeito que está em promoção no Submarino, sair com as amigas, passear com o namorado e dar presentes aos meus sobrinhos.

Tudo tem o seu preço, e por mais que eu reclame, sei que minha vida está sempre em transformação, pois até o fim do ano tudo estará diferente. Terei terminado a faculdade, terei saído do estágio no Clube, e só os Deuses sabem o que farei.

Quero realizar meus sonhos, e para isso terei muito trabalho duro.

- ir ao Egito
- conhecer o Sul do Brasil
- comprar metade dos livros da minha Lista
- sair de casa
- casar
- adotar várias cadelas s2

Entre tantas outras coisas. O que não me falta é querer.

O que irrita é acordar cedinho. Aiii que raiva. E ainda não ter tirado a carteira de motorista. E dever ao banco. AHUAHAUHAUAHAUAH Muitas coisas me irritam, fato. Mas vou me controlando; quem me conhece sabe que estou num período relativamente calmo, onde tento não ficar neorótica com tudo, tento não descontar em ninguém minhas frustrações.

Vou levando, com muita tranquilidade.